No último dia 16 de junho, Beyoncé e o marido lançaram o disco que todo mundo especulava há pelo menos 3 anos que fosse lançado eventualmente. EVERYTHING IS LOVE é um álbum em conjunto com Jay Z, lançado de surpresa no fim do show da turnê em conjunto On The Run Tour II em Londres. O disco é apontado como fim simbólico da trilogia musical iniciada com Lemonade, de Beyoncé, e 4:44, lançado em 2018 por Jay Z. O disco estreiou em primeiro lugar nas paradas do mundo todo.
Estar longe da costa em mar aberto pode ser também uma leitura muito transparente do curso artístico que Beyoncé tomou desde o seu primeiro lançamento surpresa, em 2014. As entrevistas a veículos convencionais foram minando até desaparecer do calendário da cantora, ao passo que a construção de uma imagem de uma figura distante de todos seus pares e também do público em geral. É como se Beyoncé pudesse ser vista pelos fãs e colegas de trabalho de longe, sem acesso e sem proximidade, ao menos que ela queira.
O vídeo para a faixa de APESHIT foi lançado juntamente com o álbum e ganhou status imediato de lendário por ser filmado no Museu do Louvre em Paris e provocar uma leitura diferente da iconografia da arte europeia clássica promovendo uma justaposição da cultura negra, sempre existente, porém nunca evidente, com peças históricas criadas por artistas eurocentristas. Peças como Mona Lisa, Vitória da Samotrácia e a Venus de Milo, históricas e emblemáticas por contra própria, viram pano de fundo para Beyoncé e Jay Z que se apresentem, cantando e muitas vezes parados, como peças de arte no mesmo nível do que o Louvre exibe diariamente.
(Fonte: Beyoncé - Wikipedia
O impacto da maré de Beyoncé e Jay Z - Gabriel Martins
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Beyoncé no palco)